Precificação é um dos elementos mais estratégicos no mundo dos negócios. Um erro, mesmo pequeno, pode comprometer a lucratividade, manchar a reputação da marca e gerar enormes prejuízos.
Grandes empresas, com toda a capacidade de análise, também já cometeram equívocos graves. A seguir, veja sete casos marcantes de falhas de precificação e seus impactos financeiros.
Precificação e o caso da Coca-Cola
Nos anos 80, a Coca-Cola lançou a “New Coke” para competir com a Pepsi. O erro esteve na precificação e comunicação da novidade, posicionando-a como produto superior. A decisão afastou consumidores leais, gerou rejeição e custou cerca de US$ 50 milhões.
Precificação equivocada da Ford com o Edsel
Na década de 50, a Ford investiu no modelo Edsel, mas lançou o carro com preço muito acima da média. O público não aceitou e o projeto foi encerrado rapidamente. O prejuízo superou US$ 350 milhões na época.
Precificação e o Virtual Boy da Nintendo
Em meados dos anos 90, a Nintendo lançou o Virtual Boy, prometendo realidade virtual por US$ 180. O preço alto aliado à má experiência visual levou ao fracasso. As perdas chegaram a US$ 250 milhões.
Precificação da Microsoft com a Surface RT
Em 2012, a Microsoft lançou o tablet Surface RT por US$ 499. O sistema limitado não justificava o valor e os estoques encalharam. A empresa registrou perdas de US$ 900 milhões.
Precificação e o Fire Phone da Amazon
A Amazon lançou o Fire Phone em 2014, precificado a US$ 649. O produto, com recursos que não agradaram, foi rejeitado rapidamente. O prejuízo passou de US$ 170 milhões.
Precificação da Apple no G4 Cube
A Apple lançou o Macintosh G4 Cube em 2000, vendido a US$ 1.799 sem monitor. O preço elevado o tornou pouco competitivo, gerando perdas acima de US$ 100 milhões.
Precificação e o fracasso do Google Glass
O Google Glass foi vendido a US$ 1.500 em sua versão inicial. O valor elevado, somado à falta de apelo de massa, levou ao fim do projeto. O prejuízo superou US$ 800 milhões.
Lições sobre precificação
Esses exemplos mostram como a precificação é decisiva. Não se trata apenas de cobrir custos, mas de entender o valor percebido pelo consumidor, o momento do mercado e a estratégia de posicionamento.