Tudo indica que a opção pelo Lucro Presumido, a partir de 2027, deixará de ser vantajosa para as empresas.
Com o início da vigência da Reforma Tributária, o cenário fiscal sofrerá alterações profundas. Portanto, é essencial entender desde já os impactos que virão.
Atualmente, as organizações contam com três opções tributárias claras. O Lucro Real, o Lucro Presumido e o Simples Nacional estão disponíveis no mercado. Cada um possui regras específicas, inclusive restrições para certas atividades econômicas.
As regras atuais e o Lucro Presumido
A opção pelo Lucro Real pode ser exercida por qualquer empresa. Contudo, para aquelas com faturamento superior a R$ 78 milhões, ela se torna uma obrigação legal. Por outro lado, o Lucro Presumido atende quem fatura abaixo desse limite anual.
Já o Simples Nacional é restrito a faturamentos de até R$ 4,8 milhões. Frequentemente, ouve-se que a simplificação define a melhor escolha. No entanto, a melhor opção será sempre aquela que gerar menor desembolso de impostos.
A importância da contabilidade no Lucro Presumido
Alguns alegam que regimes simplificados dispensam contabilidade formal. Isso é um erro grave e perigoso. O balanço e a contabilidade são obrigatórios para todo tipo de empresa, exceto para o MEI.
Além disso, a gestão sem dados contábeis é ineficaz. Onde a empresa quer chegar sem ferramentas de gestão seguras? Empresários não devem cometer esse equívoco, pois isso custa caro.
O fim da vantagem do Lucro Presumido em 2027
Com a Reforma Tributária iniciando em 2027, o Lucro Presumido perderá atratividade. Hoje, a grande vantagem é o PIS e a COFINS de 3,65%. Em comparação, no Lucro Real, essa alíquota é de 9,25%.
Todavia, dificilmente haverá ganho tributário no futuro. O PIS e a COFINS serão extintos em 2027. Eles serão substituídos por uma CBS que deverá iniciar em aproximadamente 9%.
Simulações obrigatórias para o Lucro Presumido
A nova CBS será crescente, podendo atingir até 28% em 2032. A vantagem de pagar IRPJ sobre receita bruta no Lucro Presumido beneficia poucas empresas. Pouquíssimos negócios possuem margens de lucro presumidas que compensem a nova carga.
Os próximos anos serão desafiadores para o setor corporativo. Haverá praticamente duas contabilidades tributárias simultâneas. Assim, a certeza de uma tributação maior preocupa, especialmente o setor de serviços.
Planejamento estratégico para sair do Lucro Presumido
Sugere-se que todos façam simulações para 2027 e 2028 imediatamente. Se a Reforma impactar negativamente, a empresa deve agir rápido. Será necessário renegociar contratos e ajustar preços de produtos vendidos.
Principalmente, a redução de custos será vital. Não será simples repassar o aumento de tributos aos clientes finais. A empresa que deseja manter suas margens no Lucro Presumido ou fora dele deve agir já.
